“Mundo, mundo, vasto mundo... Se eu me chamasse Raimundo,
seria uma rima, não uma solução.”
E foda-se a métrica, não é, nem de longe, o que realmente
importa.
Sabe quando você está crescendo e formulando a sua noção de
mundo? Isso deve levar no mínimo dez longos e produtivos anos de descobrimento
do mundo afora e do mundo adentro(!) formando a sua personalidade e aprendendo
como lidar com as situações corriqueiras e episódicas da vida.
Pois bem, tente fazer isso pela terceira vez(!) aos 21
anos... Não é fácil, meu bem. Tolice sua achar que os ladrilhos novos se
encaixariam perfeitamente aos antigos sem que fosse necessário quebrar algumas
pontas de uns ou outros. Seria mais fácil trocar tudo de uma vez! Mas quem
abriria mão de tantas experiências, de tantas conclusões trabalhosas, que
levaram anos e anos de reflexão sobre certas coisas? Abrir mão de “meio-eu” já
é bastante complicado, que dirá de todo o eu!
E eu sigo aprendendo... Aos poucos me encontro, parte cá,
parte lá, entre roupas jogadas no chão do quarto, velhos livros guardados no
armário e conversas-fiadas em mesas de bar.
Alguns chamam de "Distúrbio de Personalidade", eu chamo de "Evolução": O que já não me serve vai embora!
Afinal, a vida é feita disso: mudanças, adaptações. A diferença é que as pessoas, em geral, vão se modificando tão vagarosamente que sequer se dão conta, e eu sou mais adepta das mudanças bruscas. Descompressão brusca dolorosa! Essa é a minha praia... Não perco tempo esperando os muros ruírem, boto logo eles abaixo e começo a construir novos... Acontece que não é tão fácil, nem tão rápido, mas uma hora eu chego lá... Destrui as placas de concreto e o novo material já foi escolhido: Cerca viva!
Viva!
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