quarta-feira, 29 de abril de 2009

Tedioso!

Eu poderia dizer que estou feliz com minha vida, poderia tentar me enganar dizendo que está tudo bem... Mas não está.
Eu podería fazer o maior drama e dizer que está tudo péssimo, e que não poderia estar pior... Mas também não está.
Não estou feliz, mas também não estou triste, eu só... Cansei.
É tudo tão tedioso, as mesmas pessoas, os mesmos lugares, os memos hábitos, a mesma gente chata que eu sou obrigada a suportar todo dia, a mesma saudade que me consome das pessoas que amo, e uma delas eu nem conheço. A mesma falta do que fazer com tantas coisas para fazer...
Esse é o problema! Tudo o mesmo, nada muda, ninguém muda.
Sinto falta de quando a minha vida era cheia de tesão pelas coisas, por lutar, por ir embora, por fazer o que eu realmente queria, por finalmente ficar com quem eu queria... E toda essa paixão pela vida agora se tornou espera, uma terrível espera. Estou esperando. Mas esperando pelo que?
Esperando para viver a minha vida e finalmente ser quem eu realmente sou. Mas a vida não espera por nós em hipótese alguma. A minha vida é essa agora, não tem espera.
Eu queria simplesmente apertar o botão de pausa e esperar esse tempo passar para só voltar a viver quando valer realmente a pena e não continuar sendo algo tipo "tanto faz", mas não dá, é isso que eu sou hoje, e é isso que eu vivo.
A vida é uma roda gigante que vai te derrubar e massacrar seus sonhos.
Bom, ficou um pouco mais melancólico que devería, era pra ser um pouco mais agitado, já que eu estou com raiva...
Não importa, to com uma puta vontade de mandar alguém tomar no cu... Só pra agitar um pouco;
ficadica.

Nada nesse mundo nos fará mudar;


É triste, e desanimador, mas ninguém muda, e as coisas também não mudam.
Nós magoamos pessoas de quem gostamos, nós magoamos à nós mesmos mas não somos capazes de dar um passo ao lado para que as coisas melhorem. Eu poderia me indignar e dizer absurdos... Mas sou tão assim quanto você e todos os outros. Nada nesse mundo nos fará mudar.

sábado, 25 de abril de 2009

e agora amor vou poder ser feliz.


Que sorriam em vão
Hoje falo por todos aqueles que se calaram
E que tantas verdades em vão, guardaram
E agora choram pelo passado já tão antigo
E pelas lágrimas que derramaram... Em vão.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Caro amigo;

Caro amigo:

Por um momento... Por um só momento eu vou me permitir ficar triste, vou me permitir te desapontar, vou me permitir deixar uma lágrima rolar, seja por tudo que acontece e me deixa mal seja pelo fato de que meus hormônios estão à flor da pele.
Vou me permitir achar que a vida é um lixo e me perguntar se algum dia as coisas realmente darão certo ou tudo isso não passa de motivação, vou me permitir desanimar por um segundo, e pensar no quanto as coisas já foram melhores do que estão.
Vou me permitir questionar se esse é mesmo o meu lugar, vou me permitir ter amores platônicos só por um segundo, coisa que, nem eu nem você permitimos à mim por toda a minha vida.
Vou rasgar as experiências como se fossem páginas de pepel soltas, rabiscadas e jogadas na minha estante, vou ser estúpida por um momento, vou me deixar ser imatura, vou me esquecer por alguns instantes da pessoa racional que eu sou e do quando prezo isso, vou mandar tudo isso à merda por um momento.
Vou te desapontar, desculpe, mas vou deixar, só por uma vez as lágrimas rolarem.


Amor, Amanda.

- Desiré;


O bom é ver o que se faz mas, ela gosta de trasar no escuro;

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Custou caro ser assim; fiel companhia solidão.

Algumas decisões são sempre difíceis, como a decisão de como você vai ser. Embora algumas pessoas acreditem que é tudo uma questão de genética, na realidade você escolhe os caminhos pelos quais seguir, você escolhe quem vai ser... Se a genética combina ou não é outra história. Na realidade você não escolhe ser tímida ou não, se vai ser recatada ou transviada, mas é você quem escolhe as companhias, você escolhe entre arroz e macarrão, você escolhe ser do tipo bonzinho, definitivamente atingível e pateticamente inocente (não se engane, esse tipo sempre consegue o que quer), se vai ser tipo normal, tudo normal... Timidez normal, carisma normal, normalmente legal, ou se vai ser o tipo anti-social, que não se importa muito com os outros e não tem dó de ninguém porque afinal ninguém teve muito dó de você enquanto estavam todos se divertindo e você estava num canto sozinho do quintal brincando com o cachorro porque sem muitos motivos eles não te queriam por muito perto.
Bom, eu escolhi. Entre macarrão e arroz eu escolhi sopa, escolhi as companhias que meus pais mais odiavam, não sou exatamente transviada, mas escolhi ser original, escolhi detestar os Beattles (que me perdoem os fãs) porque afinal, era só um bando de nerds com cabelo de menina tocando de um jeito pateticamente estranho (não a qualidade do som, mas a atitude, o modo como se portavam). Escolhi gostar mais de cachorros do que de gente, escolhi ouvir hard core e achar o Wando super estiloso, escolhi me afastar dos outros e crescer sozinha, entre as varias religiões da minha família, escolhi uma auto-educação totalmente laica, escolhi seguir meus princípios e não o que foi escrito por gente que se achava melhor que os outros num livro velho que chamam de sagrado. Dentre todas as pessoas “céticas” como eu, escolhi acreditar em deus, embora não tenha muita idéia de como ele realmente seja (mas sei que não é como a maioria das pessoas imagina... e isso já é um começo bem promissor). Entre todas as roupas de marca o convencionalismo e as lindas propagandas de refrigerantes, escolhi roupas de criação própria, bizarrices e os comerciais mais “trash” da televisão. Entre todos os “amiguinhos” os churrasquinhos do pessoal popular e os almoços de família, escolhi me isolar e crescer com cabeça própria, ainda que isso me traga algum sofrimento, a normalidade me assusta, e ser pateticamente desumana me possibilita fazer loucuras sem que as pessoas fiquem bravas, desde que eu não prometa nada a ninguém. No final das contas você acaba sendo teimoso e enche o saco às vezes, mas é engraçado e de uma forma ou de outra as pessoas gostam de você.
Crescer sozinha, educando a mim mesma doeu, e ainda dói bastante... Marcou, mas eu não seria quem eu sou hoje se não fosse pelas lágrimas derramadas;
Custou caro ser assim, fiel companhia solidão... E toda a dor valerá!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Vida?

Hoje em uma calorosa discussão sobre aborto na aula de redação, quando a professora estava contando que garotas sem condições de pagar clínicas de aborto, tomam alguns chás abortivos, e no final das contas acabam ficando doentes, pois a placenta não sai, e, então, causa uma série de infecções, podendo levar à morte. Ouvi um comentário que me fez pensar, dizia uma garota, o seguinte: "Tem que morrer mesmo! Já que tentou abortar..." Pense comigo.
A garota cujo nome não citarei tem: mãe que cuida dela, casa, condições, nunca passou fome nem necessidade nenhuma, ou seja, não sabe o que é morar em favela, passar fome, conviver com tiroteios, e acima de tudo, ter uma mãe que sequer se preocupa em trocar a fralda cheia de merda! Nem eu sei, mas não deve ser muito agradável.
É muito fácil falar quando não é com a gente, é muito fácil defender a vida acima de tudo sem se importar com o que a tal pessoa vai passar... Algumas vidas não valem a pena. Não para mim, nem para você, mas para as pessoas que as têm. Que passam por tudo aquilo que nem eu, nem você passamos, e provavelmente nem iremos passar. Então por favor, não aja como se você se importasse, porque na verdade você é uma pessoa estúpida que defende a vida, mas nunca parou para na qualidade de vida que esses fetos terão quando nascerem, qualidade esta, que é sumariamente importante para diferenciar vida de SOBREvida.

Vou lançar um manifesto: Menos sentimentalismo barato e mais racionalidade!

sábado, 11 de abril de 2009

A Fé Solúvel;

Não sei exatamente o que o futuro me reserva, não sei exatamente o que esperar, é tudo tão incerto que vez ou outra torna-se excitante... Vez ou outra, assustador.
É um excesso, que joga-me em algo como uma montanha-russa de sensações que na realidade ainda não descobri se é bom ou ruim, e nem sei se quero descobrir. Pra mim, a vida sem toda essa intensidade não deve ter muita graça. Sem todo esse perigo não deve ter emoção, algo tipo: Para que se preocupar, se arriscar, para que viver, se meu futuro é certo?
Quero me jogar nos lagos da imensidão de incertezas perigos e plenitude, quero absorver cultura e conhecimento, quero estar mais viva do que nunca, e a cada momento descobrir coisas novas. Quero flutuar na mais alta e carregada nuvem e me jogar de lá em meio a uma tempestade repleta de rajadas de vento. Não quero ser uma alma cheia de bondade, nem sequer fazer o certo sempre, quero poder errar, me concedo esse direito, o direito de corrigir alguns erros do passado e cometer alguns outros para que no futuro possa corrigi-los também. Os católicos chamam isso de pagar pecados, os místicos de kharma, mas pra mim significa uma única coisa, o ciclo da vida.
Uma coisa é fato: não sei se tenho pouquíssima fé a ponto de não me importar por que sei que vou dar meu máximo e conseguir, ou se tenho fé demais, ao ponto de saber que tudo que estou fazendo e ainda tenho por fazer não vai passar batido e serei muito bem recompensada (nada mais justo). Enfim, prefiro crer na segunda opção, me conforta bem mais.
Nunca me achei comum, o tipo de pessoa que casa-se, tem filhos, um emprego estável e uma vida decididamente entediante, portanto não cabe a mim tomar atitudes comuns, tampouco me desrespeitar, forçando-me a ser mais um dos chamados cidadãos-padrão, tão iguais quanto aqueles produtos fabricados em série sem um mínimo de originalidade e individualidade, e embora pareça, não me acho nem um pouco mais do que os outros, me acho normal, apenas tenho personalidade – o que acredito que a maioria das pessoas tem mas esconde, sufoca, como se lhe enfiassem um grande saco de pão velho sujo e amassado cheio de regras, senso comum e moral. É tudo uma questão de força e determinação para enfrentar as dores e horrores do ser que é.
“Deve existir uma nova forma de ser”

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Apenas chore

Enfrentei muita barra na minha vida, e muitas coisas foram muito difíceis, mas todo mundo enfrenta barras, é totalmente comum. Houve uma época da minha vida em que a dor emocional era tamanha, que eu não era capaz sequer de explodir... Eu implodía.
Era como se nada pudesse me consolar, me sentia perdida, então comecei a me mutilar. Fazia pequenos cortes no meu braço esquerdo, que na verdade estavam mais para arranhões do que cortes, eu pegava pequenas coisas afiadas como compassos escolares e arranhava uma linha imaginária. Pressionava a ponta do compasso para lá e para cá em cima dessa linha... Até sangrar. Eu me sentia aliviada, algumas pessoas bebem para aliviar, outras fumam, eu me cortava.
Eu me sentia envergonhada, não queria que ninguém visse meus cortes, era como um calcanhar de Aquiles, minha grande fraqueza.
Às vezes eu me sentia sozinha... Diferente de todo mundo, me sentia excluída, como se ninguém me respeitasse, mas na verdade eu acho que todo mundo se sente assim ás vezes e não é nada de tão extravagante que haja necessidade de me mutilar, todo mundo sofre, todo mundo chora... Acontece que algumas pessoas não sabem chorar.
Ironicamente, agora, quando tenho raiva choro, mas tenho uma incrível vontade de bater nas coisas, o que na verdade, perto de como eu me sentia é ótimo, porque maltrato travesseiros portas e guarda-roupas ao invés de fazer mal a mim mesma.
Apenas chore.

domingo, 5 de abril de 2009

Idiotas também amam;


Ando bem gayzinha ultimamente, acho isso um lixo, mas finalmente estou voltando um pouco ao meu normal.
A questão é a seguinte: Idiotas também amam!
Você pode ser o quão frio e estúpido for, pela minha longa relutância contra meus sentimentos, posso dizer com clareza... Você é um ser humano, e seres humanos têm sentimentos... Nunca se livrará disso.
É estúpido, dói e te confunde, mas isso... é você;
Doce <3